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“Caminhar para recuperar a capacidade de respirar bem foi um dos melhores remédios que me receitaram após dois tumores, duas grandes cirurgias, uma quimio e duas radioterapias. Um recomeço, na cidade que sempre me recebeu muito bem desde de minha primeira chegada. Brasília, a cidade que nasceu de um sonho e que por muitos foi idealizada como o lugar onde nasceria um novo Brasil, por vezes se modificou de uma forma não tão bela. Ao contrário de uma semente de um país moderno, Brasília acabou assimilando um pouco do país que ainda insiste em erros do passado. Meu reaprender começou junto do período das chuvas de 2015. O que eram pequenos passos na minha quadra, foram virando felizes excursões solitárias pela cidade. Na primeira manhã que consegui chegar a Esplanada dos Ministérios, fiquei maravilhado em rever conhecidos prédios. A escala monumental de Lucio Costa estava se reapresentando de forma espetacular. Poças de água da chuva beirando os meio fios refletiam o céu cheio de desenhos das nuvens e o ato de, praticamente, mergulhar meu telefone mas poças me trouxe novos e deslumbrantes reflexos. Lembrei de Alice, a personagem de Lewis Carroll, que imaginou como seria o mundo do outro lado do espelho. Nesse dia, imaginei tudo ao contrário, uma nova vida cheia de energia e uma cidade que voltaria a ter a capacidade de nos dar “leite e mel”. Tudo estava ali, além na linha d’água. Agora, no final das chuvas de 2016, estou contente demais com tudo que vi refletido por aí e pude guardar no meu Instagram. Além da Linha é um pouco de muita coisa: remédios, sonhos, recomeço, esperança, caminhadas, chuvas, espelhos, Alice e a certeza de que podemos sempre tentar ver as coisas de maneiras diferentes.” Apesar de sua formação acadêmica, Nick Elmoor se considera um autoditada. Tinha doze anos quando ganhou uma Kodak Instamatic 33 como presente de Natal. Seis meses depois, já estava revelando seus próprios negativos. Assim começou uma jornada cheia de desafios estéticos e muitas imagens extraordinárias. Desde os anos 80 trabalha como fotógrafo publicitário, documental e até foi professor universitário. Por mais de três décadas, em paralelo, desenvolveu vários projetos autorais em busca de novos caminhos. Nascido no Rio, já passou períodos vivendo e fotografando na Itália, Israel, Inglaterra e Canadá; no Brasil, principalmente em Brasília e São Paulo. Nick acredita que virar fotógrafo é parte do destino: “Você não escolhe virar fotógrafo. A Fotografia escolhe você. E, uma vez que foi capturado, não tem caminho de volta.”

Peso 230 kg
Dimensões 20 × 20 × 0.01 cm

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